29.1.11

Nome


@Ana



Finalmente compreendi.
Saberá o coração até onde, tu, irás. 

E ao meu corpo apenas basta isso. Levar-te.

12.1.11

O passeio


@Ana



Perguntam.        O que fazes?


Direi.                                Estou a aprender-me!


7.1.11

Gotas


@Ana


Abri as cortinas do dia e reparei nas últimas gotas da tarde. Presas à janela divertiam-se no esplendor do Inverno. A valsa continua pela rua, água que desce e se depara com novo tapete verde, pedra que descai de seu assento e se acomoda outra vez, homem que anda e reclama ao vento.

Do outro lado do vidro junto a mão às gotas. Reconheço o frio a chegar à pele, a aproximar-me do abrigo exterior. Depois da estrada, do muro, do portão, lá estão elas.

Árvores de vida longa.
Flores nuas que me viram nascer. 
Folhas que vão quando eu vou e aplaudem quando chego.


No dia do adeus cantem... Cantem ao entardecer o amor da menina pelas árvores, os bichos e a terra.
  

5.1.11

3 moedas

@Ana


Dancei com a mão até ao bolso e encontrei 3 moedas.
Não tinha nada, apenas 3 moedas.
E dali não vinha diálogo, consolo ou amor. Eram só 3 moedas.
Afinal, que tinha eu que me enchia a palma?
Numa linha os dedos obreiros, noutra um vale de desejos e aquelas a chegar a rio.
Pintadas de luz, 3 moedas.

Ao ar! 

Chumbo onde não viajam as lembranças. Para o bolso então…


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