9.12.12

IV



@ Ana


Não sei se é o espaço.
Não sei é agora e silêncio que vivem no espaço mais do que nada.
Não sei se é o nada abandonado, livre para ser tudo, na memória do espaço.

Não sei se são os que restam, numa longa nota ao piano, a diluírem as paredes entre si.
Não sei se é o fogo, já sem palavras, ainda a viver.
Não sei se é a luz no chão de madeira.
Não sei se são os pés cansados da rotina do ritmo do dia.
Não sei se é o vazio que apaga a casa e a deixa soluçar em descanso.

Não sei se é o homem e a sua barba atormentada.

Sei ser o canto do lugar.

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