@Ana
Se olhares para as minhas mãos verás imperfeições.
As linhas ásperas rodeiam a carne, submissa às ordens do tempo.
Agora viajam mais devagar os dedos pelo graminho. O martelo é mais leve, são penas o que cravo na madeira. Reconheço os sinais deixados na face da mão por aquela lixa que tanto usei.
E as unhas? Oh!... Fim da luta onde nascia o feitio dos balaústres. Coitadas, em sacrifício, geladas, cediam ao capricho das máquinas.
Tenho rugas. Sim.
Uma destas noites sentamo-nos, enquanto o lume viver, e contar-te-ei as minhas histórias.
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