4.10.10

Quarto crescente

@Ana


No ventre da casa contam-se histórias,
ouvem-se os murmúrios da madeira
à espreita do revelar do amor.

Vou soluçando a confissão
ferindo os ossos do escuro,
tornado o teu sangue quente
à sinceridade falante.

Recua a carne.
Inspiro a indecisão e
caio nos lençóis.

Tocam-me dois dedos moribundos...
Desafio em vida.
Urgente em amar.


Nem de noite. Nem de manhã.
Nem de poema me faço.

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