1.7.10

Na estrada

@Ana


Não sei viver entre as trovoadas dos homens.
A desordem da voz, a escassez de juízo e uma alegria que se desvanece ao pestanejar das nuvens negras.
Não sei ser aqui. E não quero encurralar-me no labirinto.

Vou ao campo. Sigo o som dos passos desencontrados e as fronteiras do caminho que percorro. 
Vou a viajar, vou para ser. Junto dos melros, do sol que se deita nas laranjeiras e vê a beleza ser dourada. Mergulho os olhos até ser cega de verde, até o mundo ser o silêncio das folhas e o amanhecer um desejo cumprido. 

Respiro... 


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